segunda-feira, 25 de abril de 2011

Desistir, nunca!

Gente, esse feriado nem percebi que foi quase uma semana de descanso. Trabalhei direto , inclusive, sábado e domingo de Páscoa.E foi sábado que tive as piores experiências da minha vida. Sei que não adianta nada ficar lamentando, mas gostaria de dividir com vocês um pouco desse meu sofrimento e ainda está tão vivo na minha memória e no meu coração. E acredito, que dividindo com vocês, que são pessoas que amam e respeitam os animais com certeza será uma terapia.Saí para trabalhar no sábado (23), por volta de 13h30. Peguei o ônibus
e sentei bem na frente, em um lugar privilegiado do para brisas do veículo. De repente, o ônibus pára no sinal em frente à Prontoclínica e ao Curso Wellington, na Avenida Getúlio Vargas, que vai para o João Paulo e aí vi um cachorro lindo, pastor alemão, enorme, bem cuidado, correndo desesperado sem rumo. A impressão que deu foi que ele era um cão com dono e que aproveitou a primeira brechinha para sair livre em disparada. Bem comum dos cães!

Sei que ele passou pelo ônibus que eu estava feito um louco. Atravessou a rua em cima de um carro pequeno que freiou bruscamente em cima dele, mas não o atingiu. Sorte que ele não teve ao passar para o outro lado da via, em frente ao Hospital Aldenora Bello. Ele atravessou a rua desesperado e assustado quando um ônibus bateu nele. Foi horrível. Na mesma hora gritei e comecei a chorar, a final vi todo desenrolar.

O motorista do ônibus que eu estava até parou pra ver se dava pra socorrer, mas, infelizmente, era tarde demais. Foi muito triste e fiquei com essa cena na minha mente até o momento em que fui dormir. Pra falar até hoje.

Como se não bastasse, voltando pra casa, já à noite, olhei um gatinho preto e branco que de repente começou a rondar aqui pelo bairro, morto, com as patas traseiras quebradas. A fratura parecia ser no quadril. Com certeza mais uma vítima desse trânsito louco. Só de pensar que me lembro dele me olhando, como se quisesse me dizer algo, horas antes quando saia para trabalhar.

Fico triste com o infeliz destino desses pobres animais abandonados que rondam pelas ruas tão indefesos. Me sinto um ser humano fraco, medíocre, incapaz, hipócrita... por não poder fazer nada.Mas ao mesmo tempo me dou conta que não sou capaz de cuidar de tudo. Mal consigo cuidar dos meus 5, - afinal, adotei mais uma gata. Vira e mexe é briga aqui na minha casa por causa deles.

Infelizmente na minha casa mora muita gente, inclusive um irmão da minha mãe que é um cafajeste e não respeita ninguém, muito menos os animais. E por causa dele, só por causa dele, mato um leão por dia (no bom sentido, claro!) o quem me entretecido demais. Inclusive vivo em uma situação insustentável. Ele e muitas outras pessoas ignorantes não respeitam nem mesmo a sim e muito menos os animais. Vêem o trabalho de um protetor como uma insanidade, uma loucura.

Mas são essas pessoas que me dão forças para lutar e fazer diferente, mesmo que seja em passos mínimos, como o de uma formiguinha, que apesar de tão pequena é insistente, centrada e determinada. E isso me faz acreditar que ainda é possível fazer- mesmo que pouco – mais por esses seres tão merecidos de amor.

E com essa triste história quero dizer a vocês amigos, que estamos no caminho certo, basta acreditarmos e insistir.

Abraços,

Núbia Lima


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